Porém, é claro no Eja eles costumam reclamar mais a respeito de aulas pois se o professor passa somente uma explicação, para eles é inútil, se não há matéria escrita, e isso gera um questão muito intrigante. Agora vamos entender esse ciclo.
todo professor gosta da atenção e calmaria que um supletivo pode oferecer, para isso, ele tem que cumprir com as exigências dos alunos, e a exigência destes, são: matéria na lousa, explicação e atividades, para então poder passar para outra matéria aonde tenha texto na lousa, explicação e atividades e por assim em diante. É um fato. por que? Entrei diversas vezes em uma sala de aula do supletivo e usei uma das minhas "metodologias" de ensino, e percebi que você só consegue atingir até um ponto nos interesses deles. Por exemplo: em um supletivo, certa vez fui explicar a questão de senso comum e senso crítico, com uma dinâmica e só referencias escritas na lousa, nada de material para eles, era pra que eles desenvolvessem o conceito, porém estes ficaram me observando, quietos em seus lugares, aonde no máximo dois ou três alunos contribuíram, ninguém mais. Mas em outra aula, entrei na sala e passei um texto enorme na lousa (era duas aulas) e todos copiaram, sem nenhum questionamento. Noutra aula, passei um texto pequeno, e comecei a explica-lo no começo todos me observavam atentamente, porém com uma expressão de desinteresse, quando um aluno comentou algo a respeito da minha explicação, o que levou a conversa a se desviar e entrar em um tema que não tinha nada a ver com o texto ou a matéria.
Ou seja, concordaria em dizer que a culpa seria minha, pois minha aula não teria o atrativo necessário para eles, porém isso aconteceu em todas as outras salas de supletivo.
Então o que concluo, desta situação. Os alunos de Eja, são condicionados (por sua criação, cultura, ponto de vista) que a aula é algo totalmente técnico, coisa que acontecia realmente a uns 20, 30, 40 anos atrás, e muitos professores hoje da rede estadual, tem esse mesmo conceito, porque eles também vieram deste tempo, vivenciaram esta situação. O que gera neles a forma ideal de se dar uma aula, e quando um destes professores se depara com uma sala do ensino médio, aonde os alunos são hiper-ativos, e tem uma visão totalmente diferente do que é uma aula, Os conceitos entram em choque, pois a visão de sossego do eja como aula ideal, se quebra, vendo um monte de alunos pulando para lá e para cá literalmente.
Isso faz com que o professor, se sinta em uma situação de desinteresse dos alunos mais jovens, sabemos que eles não são anjinhos e nem nada, que muitos pais acreditam que a escola deve educa-los, que muitos tem problemas e levam-os para a escola. Mas depois que assisti o filme escola da vida, decidi mudar minha metodologia de ensino com os alunos, ter um entrosamento maior com eles de uma forma a me envolver, para que os alunos também percebam que eu estou ali da mesma maneira que eles, tal técnica que não consigo usar com os alunos de eja, exatamente por falta desta hiper-atividade que estes não tem.
Não que eu esteja criticando o supletivo, mais sim mostrando que está condição leva a criar dois tipos de professores e alunos, os professores/alunos - tradicionais, e os professores/alunos modernos. Não que os alunos e professores tradicionais não estejam atualizados, pois existem alunos novos que tem a visão de escola como algo tradicional. Mais é necessário observar este carater muito especifico para conseguir o melhor rendimento das aulas.
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